sábado, 16 de maio de 2015

Tudo o que você precisa saber sobre um cão-guia!


Tudo o que você precisa saber sobre um cão-guia


Treinamento, habilidades e como conseguir um cão-guia


por AgendaPet





O cão-guia é responsável por auxiliar um deficiente visual a se locomover à qualquer lugar e, por estar a trabalho, costuma ser aceito em locais públicos. A responsabilidade de um cão-guia é bastante séria, então o animal é rigorosamente treinado para que siga as seguintes regras:
Manter-se firme, sempre à esquerda ou um pouco à frente de seu acompanhante;
Mover-se em qualquer direção apenas quando ordenado;
Ajudar seu acompanhante a lidar com os transportes públicos;
Ignorar distrações, como pessoas, outros animais, cheiros, etc.;
Deitar silenciosamente enquanto seu acompanhante permanece sentado;
Reconhecer e evitar caminhos com obstáculos;
Sempre parar em topo ou pé de escadas até que receba uma ordem para seguir;
Levar seu acompanhante até os botões dos elevadores;
E obedecer aos comandos verbais de seu acompanhante.


Além das regras e habilidades citadas, a desobediência seletiva é essencial ao cão-guia, ou seja, ele nunca deve obedecer qualquer comando que possa colocar seu acompanhante em perigo.


Muitas pessoas acreditam que o cão-guia apenas trabalha e nunca se diverte, mas isso não é verdade. O que acontece é que ele é treinado para ser muito atencioso e dedicado ao seu serviço, mesmo quando seu acompanhante não está precisando dele, pois sua função é essencial. Entretanto, o cão-guia se mostra muito satisfeito com seu trabalho e aproveita para brincar nas horas vagas.
Treinamento e principais raças de cães-guia
Qualidades necessárias em um cão-guia.


O cão que auxilia pessoas com deficiências visuais é treinado em escolas especiais para cães-guia. Geralmente, as instituições responsáveis por eles oferecem o serviço de seus trabalhadores de quatro patas sem nenhum custo ao acompanhante, pois costumam operar sem fins lucrativos. Entre as principais funções dessas escolas estão:
Criar filhotes para que se tornem cães-guia;
Treinar os cães-guia;
Treinar novos instrutores;
Analisar a combinação entre cada cão-guia e seu acompanhante;
Treinar os novos acompanhantes;
Avaliar e decidir quando o cão-guia deve ser aposentado;
E buscar lares para cães-guias aposentados.


As raças mais comuns de cães-guia são Labrador, Golden etriever e Pastor Alemão. As principais características das mesmas incluem força, inteligência, afabilidade e adaptabilidade, o que as torna ideais para o trabalho.

Apesar de o cão-guia ser resultado de um cruzamento entre cachorros que já possuem habilidades especiais para o trabalho, pode ocorrer de alguns filhotes não serem ideais para a função. Nesses casos, os peludos rejeitados para o serviço, costumam ter sua inteligência e doçura aproveitadas de outras formas – fazendo companhia a pessoas com enfermidades, cadeirantes, etc. – ou vendidos como pets.


Os instrutores de cães-guia procuram qualidades essenciais em seus alunos, como fácil aprendizado, concentração, boa memória, inteligência e saúde excelente. Em contrapartida, excluem candidatos que apresentam problemas de socialização com outros animais e tendência à agressividade.


O treinamento de um cão-guia é bastante rigoroso, árduo e gradativo, durando cerca de 2 anos. Assim como muitos adestramentos, esse processo utiliza a recompensa para atitudes certas e a punição para atitudes incorretas. Entretanto, as recompensas dadas ao cão-guia nunca são comestíveis, pois o animal não pode perder o foco com qualquer guloseima durante seu trabalho.
O início da relação de um cão-guia com seu acompanhante
O deficiente visual e seu futuro cão-guia devem ser compatíveis


Ao final do treinamento, cerca de 25% dos cães – dependendo da instituição responsável pelo treinamento dos mesmos – são reprovados. Em seguida, os graduados chegam ao estágio final do processo: são apresentados aos seus novos acompanhantes.


As escolas que treinam cães-guia, trabalham para unir cachorros e acompanhantes compatíveis: um peludo mais agitado costuma auxiliar pessoas mais jovens, por exemplo. A introdução dessa união costuma durar um período de aproximadamente 1 mês, pois o acompanhante também deve ser treinado, principalmente se nunca esteve em contato com um cão-guia. O treinador do filhote sempre deve estar presente no início dessa relação.
O que ocorre quando um cão-guia é aposentado
Com 8 a 10 anos o cão-guia se aposenta e é colocado para adoção.


O trabalho árduo de um cão-guia exige bastante saúde física e mental. Por isso, os cães mais velhos, ainda que continuem obedecendo todos os comandos impecavelmente, reduzem seus rendimentos e, então, são aposentados.

Geralmente, a aposentadoria de um cão-guia ocorre entre 8 e 10 anos de idade, mas também existem cachorros que trabalham por menos ou mais tempo, variando de acordo com a disposição e a saúde de cada um. Após o fim de suas carreiras, os cães-guia são colocados para adoção e existe uma lista de espera para quem deseja adotar um ex-guia de quatro patas.
Como conseguir um cão-guia
Entrar em contato com ONGs especializadas.






Segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia, existem mais de 5,4 milhões de pessoas que apresentam deficiência visual em nosso país. Já a fila de espera para obter um cão-guia conta com mais de 2 mil solicitantes, mas apenas 70 pessoas, aproximadamente, possuem a oportunidade desse auxílio.

Para melhorar o quadro de cães-guias no Brasil, as organizações responsáveis trabalham de acordo com a quantidade de doações recebidas. Apenas assim podem treinar mais animais.

Apesar de existirem diferentes critérios para conseguir um cão-guia, a instituição americana Eye Dog Foundation for the Blind Inc exige os seguintes requisitos básicos:
O solicitante deve estar legalmente cego;
Possuir boa saúde física e mental; ter cursado ou estar cursando uma escola secundária;
Ser capaz de prover os cuidados necessários ao animal, como alojamento e alimentação;
E querer o cachorro para propósitos de mobilidade.


Após preencher todas as exigências iniciais, o interessado deve entrar em contato com uma ONG focada no treinamento de cães-guias, informar-se sobre o processo, fazer a solicitação e entrar para a lista de espera.

Algumas instituições brasileiras focadas no treinamento de cães-guia são:
Cão Guia Brasil (www.caoguiabrasil.org);
Associação Cão Guia de Cego (www.caesguia.com.br);
Projeto Cão-Guia SESI-SP (www.sesisp.org.br/caoguia);
IIS - Instituto de esponsabilidade e Inclusão Social (www.iris.org.br).
Como agir com um cão-guia
Não interaja com um cão-guia que está exercendo sua função.


Todos devem ter em mente que um cão-guia executa uma importante tarefa e não deve ser perturbado. Para isso, basta seguir algumas regras:





Jamais toque em um cão guia que estiver utilizando sua guia. Ele poderá se distrair e falhar em sua função. Então, ignore-o;
Caso esteja acompanhado de algum animal, controle-o para que ele não interaja com o cão-guia;
Nunca ofereça alimentos a um cão-guia. Apenas seu acompanhante deve alimentá-lo;
Caso haja a necessidade de abordar uma pessoa com deficiência visual que esteja acompanhada de um cão-guia, dirija-se a ela e não ao animal. Se a pessoa lhe pedir ajuda, aproxime-se pelo lado direito, deixando o lado esquerdo para o auxiliar de quatro patas;
Se um deficiente visual acompanhado de um cão-guia lhe perguntar como chegar a algum lugar, dê informações claras para que ele possa passar os comandos corretamente ao animal;
Não toque em um cão-guia, em sua coleira e nem em seu acompanhante sem avisar.


Matéria revisada por um profissional veterinário da Equipe AgendaPet.


Fonte:http://www.bolsademulher.com/pet

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